A ARPROM aderiu ao
Outubro Rosa,
campanha mundial que visa conscientizar sobre o câncer de mama, bem como disseminar informações sobre prevenção e detecção precoce da doença. Homens e mulheres vestiram uma peça de roupa na cor rosa para demonstrar apoio à causa.
Com a crescente incidência nos casos de câncer mama no Brasil, a proposta principal da ação é conscientizar todo o quadro funcional sobre a importância de incentivar a mamografia de rastreamento – quando não há sinais, nem sintomas – a cada dois anos para mulheres com idade entre 50 e 69 anos. Este exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas, aumentando, assim, as chances de tratamento e cura.
Estar aberto ao assunto é o primeiro passo para conscientização. Para Maria Cabral Resende, coordenadora-geral de Promoção de Saúde, Qualidade de Vida e Bem-estar (CGQV), o mais interessante do Outubro Rosa é quebrar o tabu e fazer as pessoas falarem sobre esse tipo de câncer. “A campanha faz com que as pessoas recebam melhor as informações sobre prevenção e se atentem aos cuidados necessários”.
Quando se fala sobre o câncer, a prevenção é o melhor caminho. Segundo Gustavo Henrique Guimarães, analista da Coordenação de Promoção de Saúde, Qualidade de Vida e Bem-estar (COQV), a importância da campanha Outubro Rosa, além de compartilhar informações sobre a respeito desse tipo de câncer, é ressaltar a necessidade da prevenção. “O principal tipo de câncer na mulher é o câncer de mama. Quando diagnosticado em sua fase precoce apresenta um bom índice de cura”, salienta.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, entre eles, a idade, pois as exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas com o envelhecimento aumentam o risco. Fatores endócrinos ou relativos à história reprodutiva também estão na lista de causas e referem-se ao estímulo do hormônio estrogênio produzido pelo próprio organismo ou consumido por meio do uso continuado de substâncias com esse hormônio.
No entanto, fatores comportamentais e ambientais também são causas significativas. A ingestão de bebida alcoólica está entre eles, além do sobrepeso, sedentarismo e obesidade após a menopausa. A exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X) também pode trazer riscos. Além disso, fatores genéticos e hereditários, como casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos, e alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2, também precisam ser avaliados como possíveis causas. Ainda segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), no Brasil, só em 2016, cerca de 57.960 mulheres foram diagnosticadas com a doença. O câncer de mama é mais comum entre as mulheres no mundo e corresponde aos 25% dos novos casos de câncer a cada ano. No Brasil, a porcentagem é mais elevada e equivale a 28,1%. Entretanto, se o diagnóstico for precoce, o tratamento é mais eficaz e pode até evitar terapias mais agressivas.
Embora seja mais frequente em mulheres, o câncer de mama também pode afetar os homens, pois desenvolve-se em células que também estão presentes nos mamilos masculinos. Ele é mais comum em homens com idades entre os 50 e 65 anos, assim como em homens que tenham casos de câncer de mama na família.
Os sintomas e o tratamento são semelhantes ao câncer de mama nas mulheres e, por isso, há maiores chances de cura quando o câncer é descoberto precocemente.